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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bandeiras!

Bandeiras!
Vinicius Diniz Rosa


São tantas bandeiras para empunhar
A bandeira de seu país,
A bandeira do seu estado,
A bandeira de sua cidade,
A bandeira de sua ideologia,
A bandeira de uma tal justiça,
A bandeira da vida,
A bandeira da liberdade,
A bandeira da igualdade,
A bandeira do mundo,
A bandeira do universo!
Porém cadê a sua bandeira?!
Cadê sua escolha?!
Como pode jogar?!
Discursos belos tem-se para todos os lados
Direita, esquerda
Cima, baixo, diagonais
E até mesmo o centro!
Está amarrado a alguém
Segue um líder, um chefe
Como animais irracionais
Sempre atrás do líder do bando
Cadê a liberdade?!
Afinal, que conceito é esse?
De um lado obriga-se o amor
Do outro obriga-se o ódio
Em baixo obriga-se a ordem
Em cima obriga-se a paz
No centro obriga-se a tudo
E nas diagonais obrigam-se a nada
Mas que difícil, que complexo, como pensar?
Bem, mal, certo e errado
São coisas tão culturais
Tão únicas, a cada ser
Como dizer o que deve seguir?!
Se deve seguir alguma merda?!
Afinal, algum infeliz pediu para nascer?!
Ou apenas está por um acidente de percurso
Milagre, qual é a gratidão?!
A vida e suas obrigações?!
Gritar a imundice de sua dúvida
Como uma verdade?!
A vida toda, uma bandeira nas mãos
Uma bandeira que nem sabemos para que
Qual o sentido, por tão pouco,
Por uma coisa tão simples
Nascer, e se tornar o futuro da nação!
Mal respirou, e já se tem tudo planejado
E não se iludam, não importa se é capitalista
Socialista, anarquista, comunista, libertário,
anarco capitalista, odor liberal, de centro
Você já nasceu marcado!
E seu discurso de liberdade é a marca!
Um mundo melhor, está na boca de todos
Até na do assassino, que por ironia também é pai, ou, mãe
Afinal, como dizem:
“De boa intenções o inferno ta cheio!”

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