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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A morte da imaginação

A morte da imaginação
Vinicius Diniz Rosa


Crianças tudo é relativo o bem e mal
Crianças não existe o transcendental
Contos de fadas são patriarcais
Crianças homens e mulheres são apenas gêneros
Poeira cósmica, lixo do universo
Crianças a humanidade é um câncer
Crianças os animais são as boas cédulas
Crianças o amor é apenas sexo e reprodução
Crianças tudo é politicagem
Crianças o amor de odisseia é incompreensível
A alta cultura é manipuladora
O Bem é o mal
E o mal é o bem que foi oprimido
Crianças tudo é relativo o bem e mal
Crianças não existe o transcendental

Morte da imaginação
Todos um clichê
Morte da imaginação
Todos  vazios
Morte da imaginação
Todos amáveis
Todos odiáveis
Morte da imaginação 

Crianças mataram suas fantasias
Crianças quebraram sua liberdade
Babá eletrônica
Te monitoram o tempo inteiro
Crianças te impendem de desenvolver
Sua aclamada imaginação
E seu senso de responsabilidade
Crianças vocês são robôs
Mas não me acusem
Não acusem o mundo
Pois todos, ouçam bem
Todos lutam pela sua criatividade
Pelo seu senso crítico
E sua amada liberdade, mas não se esqueça
Babá eletrônica
Babá eletrônica

Morte da imaginação
Morte do ódio
Morte do amor
Morte do bem
Morte do mal
Crianças sem palavras
Todas um clichê funcional
Estagnação formatada
Com cartilhas e modos de educar
Crianças sem palavras
Morte da imaginação
Todos prontos para um estado totalitário
Todos prontos para um estado autoritário
Babá eletrônica

Crianças tudo é relativo o bem e mal
Crianças não existe o transcendental
Contos de fadas são patriarcais
Crianças homens e mulheres são apenas gêneros
Poeira cósmica, lixo do universo
Crianças a humanidade é um câncer
Crianças os animais são as boas cédulas
Crianças o amor é apenas sexo e reprodução
Crianças tudo é politicagem
Crianças o amor de odisseia é incompreensível
A alta cultura é manipuladora
O Bem é o mal
E o mal é o bem que foi oprimido
Crianças tudo é relativo o bem e mal
Crianças não existe o transcendental

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