Procurar pode, achar é outra história...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Diário de Jonathan Brewster - Por Vinicius Diniz Rosa

Esse texto "Diário de Jonathan Brewster" é um estudo, que fiz e quero divulgar, boa leitura.

Antes de ler, é aconselhável que leia a peça "Arsênico e alfazema" de Joseph Kesselring, ou veja o filme "Esse mundo é um hospício".


Diário de Jonathan Brewster

     Meu nome é Jonathan, Jonathan Brewster, eu registro as coisas que passo na vida, e não sei bem o
porque de o fazer... Quando as leio, tento entender, mas sou um fracasso, escrevo isso dá cadeia, ou
melhor do hospício que me jogaram, depois que fui rejeitado, pela segunda vez pela família que
tanto amo!
     Tudo começa quando, uma cozinheira apareceu em casa, meus pais ainda eram vivos nessa época,
eu e Teddy eramos felizes, mas simplesmente do nada, minha mãe diz que está grávida, de
Mortimer Brewster...
     Quando ele nasceu, as coisas começaram a mudar, sim... Minha mãe, morreu, meu pai também,
ficamos com nossas tias, Abby e Martha... Elas me achavam horrível! Uma criança de aparência
repulsiva, tudo ficou para Mortimer o caçula, o bonito, todo o amor, eu nunca quis dinheiro, eu só
queria ser aceito como o Brewster que sou! Um perfeito Brewster!
      Bem, os melhores presentes eram a Mortimer, as melhores roupas, os melhores brinquedos, eu me
enfurecia com isso... É muito triste para uma criança ser rejeitada, se sentir esquecida, isolada... Eu
não aguentava mais ser chamado de feio, de não conseguir reconhecimento, então algo nasceu em
mim, algo ruim, uma raiva imensa, eu passei a odiar Mortimer, passei a achar que se destruísse a
aparência bela de Mortimer, eu teria reconhecimento, etão o “Amarrava no pé da cama e enfiava
agulhas de baixo de suas unhas”. Ele gritava, e eu apanhava, continuava sendo o monstro e o
nojento, eu não via mais solução...
      Passado muito tempo nesse sofrimento, decidi fugir, fugir para longe daquela casa, que só me
causava dor e rejeição...
       Nisso, fui a “Chicago” e lá, conheci “Einstein”, um cirurgião plástico! Eu encontrei-me com a
salvação! Eu consegui alguém que me deixava belo trocando meu rosto, mas quem diria, que vida a
minha, todo o meu esforço ia abaixo, pois “Einstein” bebia muito e via muitos filmes de horror e
terror, assim, cada cara um monstro diferente, e eu, continuará sendo insultado, mas eu me esforcei
para ser aceito, para ser belo! Então, para eles que não entenderam, que eu estava ficando bonito, eu
matava, pois eu não era mais um monstro! Não era!
       Decidi então voltar para a família, estava muito feliz, pois estava retornando ao meu amado lar, ao
meu orgulho de viver, pois finalmente eu poderia agradar minhas tias, e ser feliz, mas no caminho,
Dr. Einstein e eu, pegamos um taxi, e conhecemos “Senhor Spenalzo”, e adivinhem, ele me
chamou de Boris Karloff!” Disse que parecia o “Frankenstein”, eu não aguentei, e o matei, pois se
isso fosse verdade eu não seria aceito na família novamente!
      Eu cheguei em casa, todo contente, alegre de ver novamente aqueles moveis, aquele cheiro, aquela
comida, mas minhas tias me receberam com desdém, me chamaram de monstro de cinema, e me
maltrataram, como, quando era crinaça... Foi doloroso, por isso comecei a força-las de que tinha de
ficar naquela casa, não porque me tornei um assassino, mas porque, eu tinha que provar que amava
os Brewsters! Que era digno de ser um Brewster!
      Bem, bem, bem, mas Mortimer apareceu para estragar tudo, ele mostrou que sou assassino as minhas tias, e quase me colocou em enrascadas com a policia, mas disso saiu “uma satisfação”, eu
descobri que minhas tias também matam! Como eu! Elas mataram 12 cavalheiros, e eu, também,
pois de alguma forma Einstein, acha que não devo contar o primeiro, mas eu sabia como orgulhar as
minhas tias! Era fácil eu só precisava de mais um! E esse um, obviamente seria, o que desgraçará
minha vida! Seria Mortimer Brewster.
     Eu preparei tudo, ia matá-lo, finalmente ia ser aceito, mas deu tudo errado, Ted atrapalhou tudo! E
eu acabei na cadeia, “mas com uma satisfação, fiquei empatado com minhas tias” e sei que dei
orgulho, nelas, sei que dei!
- Lia o tenente junto de Klein e Ohara, que chorava ao ouvir daquela jaula branca, as risadas de
alegria, de um homem louco por “amor”.

Fim

História de Vinicius Diniz Rosa© baseado em "Arsênico e alfazema" de Joseph Kesselrin©

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