Antes de ler, é aconselhável que leia a peça "Arsênico e alfazema" de Joseph Kesselring, ou veja o filme "Esse mundo é um hospício".
Diário de
Jonathan Brewster
Meu
nome é Jonathan, Jonathan Brewster, eu registro as coisas que
passo na vida, e não sei bem o
porque
de o fazer... Quando as leio, tento entender, mas sou um fracasso,
escrevo isso dá cadeia, ou
melhor
do hospício que me jogaram, depois que fui rejeitado, pela
segunda vez pela família que
tanto
amo!
Tudo
começa quando, uma cozinheira apareceu em casa, meus pais
ainda eram vivos nessa época,
eu
e Teddy eramos felizes, mas simplesmente do nada, minha mãe
diz que está grávida, de
Mortimer
Brewster...
Quando
ele nasceu, as coisas começaram a mudar, sim... Minha mãe,
morreu, meu pai também,
ficamos
com nossas tias, Abby e Martha... Elas me achavam horrível!
Uma criança de aparência
repulsiva,
tudo ficou para Mortimer o caçula, o bonito, todo o amor, eu
nunca quis dinheiro, eu só
queria
ser aceito como o Brewster que sou! Um perfeito Brewster!
Bem,
os melhores presentes eram a Mortimer, as melhores roupas, os
melhores brinquedos, eu me
enfurecia
com isso... É muito triste para uma criança ser
rejeitada, se sentir esquecida, isolada... Eu
não
aguentava mais ser chamado de feio, de não conseguir
reconhecimento, então algo nasceu em
mim,
algo ruim, uma raiva imensa, eu passei a odiar Mortimer, passei a
achar que se destruísse a
aparência
bela de Mortimer, eu teria reconhecimento, etão o “Amarrava
no pé da cama e enfiava
agulhas
de baixo de suas unhas”. Ele gritava, e eu apanhava, continuava
sendo o monstro e o
nojento,
eu não via mais solução...
Passado
muito tempo nesse sofrimento, decidi fugir, fugir para longe daquela
casa, que só me
causava
dor e rejeição...
Nisso,
fui a “Chicago” e lá, conheci “Einstein”, um cirurgião
plástico! Eu encontrei-me com a
salvação!
Eu consegui alguém que me deixava belo trocando meu rosto, mas
quem diria, que vida a
minha,
todo o meu esforço ia abaixo, pois “Einstein” bebia muito
e via muitos filmes de horror e
terror,
assim, cada cara um monstro diferente, e eu, continuará sendo
insultado, mas eu me esforcei
para
ser aceito, para ser belo! Então, para eles que não
entenderam, que eu estava ficando bonito, eu
matava,
pois eu não era mais um monstro! Não era!
Decidi
então voltar para a família, estava muito feliz, pois
estava retornando ao meu amado lar, ao
meu
orgulho de viver, pois finalmente eu poderia agradar minhas tias, e
ser feliz, mas no caminho,
Dr.
Einstein e eu, pegamos um taxi, e conhecemos “Senhor Spenalzo”, e
adivinhem, ele me
“chamou
de Boris Karloff!” Disse que parecia o “Frankenstein”, eu não
aguentei, e o matei, pois se
isso
fosse verdade eu não seria aceito na família novamente!
Eu
cheguei em casa, todo contente, alegre de ver novamente aqueles
moveis, aquele cheiro, aquela
comida,
mas minhas tias me receberam com desdém, me chamaram de
monstro de cinema, e me
maltrataram,
como, quando era crinaça... Foi doloroso, por isso comecei a
força-las de que tinha de
ficar
naquela casa, não porque me tornei um assassino, mas porque,
eu tinha que provar que amava
os
Brewsters! Que era digno de ser um Brewster!
Bem,
bem, bem, mas Mortimer apareceu para estragar tudo, ele mostrou que
sou assassino as minhas tias, e quase me colocou em enrascadas com a
policia, mas disso saiu “uma satisfação”, eu
descobri
que minhas tias também matam! Como eu! Elas mataram 12
cavalheiros, e eu, também,
pois
de alguma forma Einstein, acha que não devo contar o primeiro,
mas eu sabia como orgulhar as
minhas
tias! Era fácil eu só precisava de mais um! E esse um,
obviamente seria, o que desgraçará
minha
vida! Seria Mortimer Brewster.
Eu
preparei tudo, ia matá-lo, finalmente ia ser aceito, mas deu
tudo errado, Ted atrapalhou tudo! E
eu
acabei na cadeia, “mas com uma satisfação, fiquei
empatado com minhas tias” e sei que dei
orgulho,
nelas, sei que dei!
-
Lia o tenente junto de Klein e Ohara, que chorava ao ouvir daquela
jaula branca, as risadas de
alegria,
de um homem louco por “amor”.
Fim
História de Vinicius Diniz Rosa© baseado em "Arsênico e alfazema" de Joseph Kesselrin©
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