História de Vinicius Diniz Rosa© - Amor
puro
- As vezes na noite, sozinha, me pego a refletir, o que há de mais puro na terra? Amor? Sim... Amor.
- As vezes na noite, sozinha, me pego a refletir, o que há de mais puro na terra? Amor? Sim... Amor.
Essa história, que conto a seguir, de fatos destorcidos, é
baseado em algo real, então cuidado, pois o mal que essas
letras codificadas guardam, pode lhe assombrar e perturbar a mente,
eu lhes convido a invadir o mais puro dos amores.
Capitulo 1: Amar
Quando andava na rua, Maria, uma fervorosa religiosa, avistou seu marido que é um pastor, amassando e beijando uma garota muito mais jovem que ela, o seu sangue ferveu, o ódio subiu a cabeça, as lágrimas escorreram, ela não conseguia pensar, logo se viu dentro de um ônibus, voltando para casa, pois de tão revoltada, ela não conseguia trabalhar.
- Deus - ela suplicava – Deus – ela chamava – O que faço?
Resposta não vinha, nada vinha, só o silêncio...
Ela enlouquecia, ela se sentiu possuída, diferente, pois se doava ao canalha todas as noites, acreditava nele, em suas doces palavras, em seu jeito, em seu modo de ver o mundo, em sua paz, confiava tanto no marido, que deixou de viajar para cuidar de suas doenças, deixou de sair para manter sua honra, e ele, a traiu...
Porem o mais insano, é que Maria amava-o, Maria ainda tinha desejos com aquele homem que achava culto e maravilhoso, Maria ainda o aclamava, Maria ainda o queria. Ela se batia, se jogou no chão de sua casa, rasgou suas próprias roupas, se bateu, pois como poderia, sofrer, amar, tanto um ser que trairá...
Ela se olhou no espelho, e começou a dizer:
- Será que sou eu? É sou eu, estou velha, acabada, suja, doente, triste... Por que meu Deus?! Eu sempre foi devota, sempre fui sincera, sempre respeitei – Lágrimas escorriam – Eu não entendo! Como pode?! Por que?! Eu lavei as cuecas dele, ele tirou uma parte de mim, mas... Mas... Mas, ah, desgraçado eu ainda o amo! Amo, amo, eu o quero, ele é meu, e ele tem que entender isso, e se Deus, sim, e se o senhor – Olhava para o teto da casa como se tivesse alucinações – se o senhor, ah! Se o senhor nada fez para me ajudar! Nada fez para me defender, não... O que estou dizendo, Deus, você não tem culpa, aliás deu nós o direito a escolha! Mas é um transtorno, entenda senhor! Entenda! Não me chames de Lilith quando ir para sua morada! Pois o que farei é por amor, por meu amor, por nosso casamento!
Ela se levantou do chão, olhou novamente para o espelho, viu sua face, seu cabelo desgrenhado, ela deu um soco no espelho, o quebrando, começou a gritar de dor, caiu no chão e chorando disse:
- Deus, me perdoe, mas se a mim ele desdenha, ele vai desdenhar morto! Com esse sangue eu juro! Eu juro! Deus, não é por falta de fé! Deus! É por meu amor! Meu puro amor!
Capitulo dois: Não
Maria ligou para sua mãe, e começou lhe a contar a história.
- Filha se mantenha calma, você está louca, ele é um bom homem...
Interrompendo, Maria disse: - Bons homens não traem suas esposas!
- Mas ele não te traiu querida.
- Mãe, pare de se iludir eu vi!
- O que você viu foi um sonho, agora deixe de besteiras, se controle, Hugo, seu marido, um pastor! Ele não faria isso!
- Ele também é humano! Humanos erram!
- Mas não ele, meu lindo genro, ele é um bom homem, eu sei que é!
- Como pode desacreditar-se de sua própria filha?
- Você é doente, fica julgando um bom homem por sonhos...
- Eu não sonhei. - Chora – Quer saber... É eu sou louca mesmo, louca por amor! Desculpe te incomodar, eu não vou mais lhe tomar tempo... - Desliga o telefone na cara de sua mãe.
- Deus será possível, ninguém me entenderá, eu me tornei a louca, a mentirosa, a ruim! Por que?! Se foi o infeliz que me traiu... O Infeliz – Soluça – Eu só queria ter o amor dele, ele me prometeu isso! Por que não me deu?! Por que me traiu?! Por quê?!
A porta de sua casa abre, é Hugo, seu marido chegando.
- Hoje o dia foi difícil – Ele vai abraçar Maria.
- Onde você esteve?
- No serviço, trabalhando.
- Mentiroso – Ela começou andar de costas, ir até a cozinha.
- Deixe-me te abraçar, o que você tem?
- Me diz onde esteve?! Por Deus!
- Amor eu...
- Não me chame de amor! - Gritou ela interrompendo o marido, já na cozinha abriu a gaveta que fica abaixo da pia, e pegou uma faca de fatiar carne, apontou para o marido dizendo:
- Sai de perto de mim! Me diz onde esteve?!
- Você está exaltada, largue a faca – deu um passo para a frente.
- Por Deus, me diz a verdade!
- Que verdade?!
- Não grita comigo! Traidor! - Avançou com a faca nele, mas ele consegui segura-la, com um abraço.
- Me larga!
- Eu te amo tola!
- Isso não é verdade! - Enfiou lhe a faca no meio das costas, as mãos quentes de Hugo largaram Maria, ele caindo de joelhos, ela enfiou a faca novamente em seu corpo, ele mais nada podia dizer, ela o chutou perguntando:
- Quem era ela?! Quem era ela?!
A resposta não vinha, pois Hugo estava morto, mas cego por revolta e paixão, ela não percebeu mais isso e o esfaqueio mais e mais:
- Por que não me diz?! - Ela começou a cair em si, ela começou a chorar – Deus! - Ela jogou a faca no chão e abraçou o corpo de seu amado, gritando eufórica – Eu te amo! Eu te amo! Por que me abandonou! Por que?! Por que me trocou?! Eu te amo! Amo! Vamos diga para mim... Diga...
Nada adiantou, ela continuo gritando, seus vizinhos chamaram a polícia.
Capitulo 3: Separação
Depois de duas horas a polícia chegou na casa de Róger, vizinho e amigo da família de Maria e Hugo, ele logo começou a falar:
- Policias graças a Deus!
- O que aconteceu?
- Venham comigo, por favor! Escute gritos e barulhos estranhos na casa do pastor, por favor, vocês podem averiguar?
- Sim, levem nós lá.
Ao chegarem na casa de Maria, ela se recusou a abrir a porta, os policias então arrobaram.
- Que cheiro forte de sangue é esse? - Disse um dos policiais.
- Senhores, eu vou embora – disse Róger – Aguardo aqui fora...
Ele saiu, os policias começaram a vasculhar a casa, quando chegaram a cozinha, viram Maria, chorando, abraçada com seu marido ensanguentado.
- Por Deus o que houve aqui?
- Nada! Nada!
- Mulher o que você fez?
- Ele fez, ele me traiu, eu o amo, não me separem dele, me deixem aqui!
- Mulher!
- Me deixem! Ele não morreu! Ele ta vivo, ele me ama, eu o amo – Ela o beijou – Deus nós consagrou, está vendo, é amor!
- Isso não pode ser amor...
- Seu guarda, me entenda, ele está vivo! Vivo! Não me levem daqui!
- Chamem algum hospício, rápido essa mulher está louca!
Rapidamente o hospício foi chamado, depois de muito tempo devido a trânsitos, um representante do hospício chegou, ela começou a gritar, a chorar, eles a pegaram, ela dizia:
- Não me separem do meu amor! Hugo eu voltarei para ti! Eu te amo! Eu te amo!
Ela foi amarrada, e colocada dentro da ambulância, chorando muito.
No dia seguinte, todos achando que era ela a louca, a julgaram puta, a chamaram de assassina, e defenderam, o tão bom Hugo, que nunca fez mal nenhum a Maria, ninguém nunca soube de sua traição, e Maria morreu, depois de 30 anos, ainda chorando por seu amor, no hospício, ela acreditava que ele estava vivo, e que nunca havia esfaqueado...
Amor e ódio, morte e vida, dores profundas, a paixão cegou Maria, e é capaz de cegar você, afinal de bem e mal todos temos um pouco, a escolha dela a levou a tragédia eminente, mas ela amava tanto que não suportaria o fato de ser trocada, ela foi tratada como puta por seu amor, e por todos, santa ela não era, ninguém é, mas ética, será que podemos dizer que ela tinha? Isso julga você, se achar capaz de julgar algo tão insano, quanto a vida de outro...
Fim
Capitulo 1: Amar
Quando andava na rua, Maria, uma fervorosa religiosa, avistou seu marido que é um pastor, amassando e beijando uma garota muito mais jovem que ela, o seu sangue ferveu, o ódio subiu a cabeça, as lágrimas escorreram, ela não conseguia pensar, logo se viu dentro de um ônibus, voltando para casa, pois de tão revoltada, ela não conseguia trabalhar.
- Deus - ela suplicava – Deus – ela chamava – O que faço?
Resposta não vinha, nada vinha, só o silêncio...
Ela enlouquecia, ela se sentiu possuída, diferente, pois se doava ao canalha todas as noites, acreditava nele, em suas doces palavras, em seu jeito, em seu modo de ver o mundo, em sua paz, confiava tanto no marido, que deixou de viajar para cuidar de suas doenças, deixou de sair para manter sua honra, e ele, a traiu...
Porem o mais insano, é que Maria amava-o, Maria ainda tinha desejos com aquele homem que achava culto e maravilhoso, Maria ainda o aclamava, Maria ainda o queria. Ela se batia, se jogou no chão de sua casa, rasgou suas próprias roupas, se bateu, pois como poderia, sofrer, amar, tanto um ser que trairá...
Ela se olhou no espelho, e começou a dizer:
- Será que sou eu? É sou eu, estou velha, acabada, suja, doente, triste... Por que meu Deus?! Eu sempre foi devota, sempre fui sincera, sempre respeitei – Lágrimas escorriam – Eu não entendo! Como pode?! Por que?! Eu lavei as cuecas dele, ele tirou uma parte de mim, mas... Mas... Mas, ah, desgraçado eu ainda o amo! Amo, amo, eu o quero, ele é meu, e ele tem que entender isso, e se Deus, sim, e se o senhor – Olhava para o teto da casa como se tivesse alucinações – se o senhor, ah! Se o senhor nada fez para me ajudar! Nada fez para me defender, não... O que estou dizendo, Deus, você não tem culpa, aliás deu nós o direito a escolha! Mas é um transtorno, entenda senhor! Entenda! Não me chames de Lilith quando ir para sua morada! Pois o que farei é por amor, por meu amor, por nosso casamento!
Ela se levantou do chão, olhou novamente para o espelho, viu sua face, seu cabelo desgrenhado, ela deu um soco no espelho, o quebrando, começou a gritar de dor, caiu no chão e chorando disse:
- Deus, me perdoe, mas se a mim ele desdenha, ele vai desdenhar morto! Com esse sangue eu juro! Eu juro! Deus, não é por falta de fé! Deus! É por meu amor! Meu puro amor!
Capitulo dois: Não
Maria ligou para sua mãe, e começou lhe a contar a história.
- Filha se mantenha calma, você está louca, ele é um bom homem...
Interrompendo, Maria disse: - Bons homens não traem suas esposas!
- Mas ele não te traiu querida.
- Mãe, pare de se iludir eu vi!
- O que você viu foi um sonho, agora deixe de besteiras, se controle, Hugo, seu marido, um pastor! Ele não faria isso!
- Ele também é humano! Humanos erram!
- Mas não ele, meu lindo genro, ele é um bom homem, eu sei que é!
- Como pode desacreditar-se de sua própria filha?
- Você é doente, fica julgando um bom homem por sonhos...
- Eu não sonhei. - Chora – Quer saber... É eu sou louca mesmo, louca por amor! Desculpe te incomodar, eu não vou mais lhe tomar tempo... - Desliga o telefone na cara de sua mãe.
- Deus será possível, ninguém me entenderá, eu me tornei a louca, a mentirosa, a ruim! Por que?! Se foi o infeliz que me traiu... O Infeliz – Soluça – Eu só queria ter o amor dele, ele me prometeu isso! Por que não me deu?! Por que me traiu?! Por quê?!
A porta de sua casa abre, é Hugo, seu marido chegando.
- Hoje o dia foi difícil – Ele vai abraçar Maria.
- Onde você esteve?
- No serviço, trabalhando.
- Mentiroso – Ela começou andar de costas, ir até a cozinha.
- Deixe-me te abraçar, o que você tem?
- Me diz onde esteve?! Por Deus!
- Amor eu...
- Não me chame de amor! - Gritou ela interrompendo o marido, já na cozinha abriu a gaveta que fica abaixo da pia, e pegou uma faca de fatiar carne, apontou para o marido dizendo:
- Sai de perto de mim! Me diz onde esteve?!
- Você está exaltada, largue a faca – deu um passo para a frente.
- Por Deus, me diz a verdade!
- Que verdade?!
- Não grita comigo! Traidor! - Avançou com a faca nele, mas ele consegui segura-la, com um abraço.
- Me larga!
- Eu te amo tola!
- Isso não é verdade! - Enfiou lhe a faca no meio das costas, as mãos quentes de Hugo largaram Maria, ele caindo de joelhos, ela enfiou a faca novamente em seu corpo, ele mais nada podia dizer, ela o chutou perguntando:
- Quem era ela?! Quem era ela?!
A resposta não vinha, pois Hugo estava morto, mas cego por revolta e paixão, ela não percebeu mais isso e o esfaqueio mais e mais:
- Por que não me diz?! - Ela começou a cair em si, ela começou a chorar – Deus! - Ela jogou a faca no chão e abraçou o corpo de seu amado, gritando eufórica – Eu te amo! Eu te amo! Por que me abandonou! Por que?! Por que me trocou?! Eu te amo! Amo! Vamos diga para mim... Diga...
Nada adiantou, ela continuo gritando, seus vizinhos chamaram a polícia.
Capitulo 3: Separação
Depois de duas horas a polícia chegou na casa de Róger, vizinho e amigo da família de Maria e Hugo, ele logo começou a falar:
- Policias graças a Deus!
- O que aconteceu?
- Venham comigo, por favor! Escute gritos e barulhos estranhos na casa do pastor, por favor, vocês podem averiguar?
- Sim, levem nós lá.
Ao chegarem na casa de Maria, ela se recusou a abrir a porta, os policias então arrobaram.
- Que cheiro forte de sangue é esse? - Disse um dos policiais.
- Senhores, eu vou embora – disse Róger – Aguardo aqui fora...
Ele saiu, os policias começaram a vasculhar a casa, quando chegaram a cozinha, viram Maria, chorando, abraçada com seu marido ensanguentado.
- Por Deus o que houve aqui?
- Nada! Nada!
- Mulher o que você fez?
- Ele fez, ele me traiu, eu o amo, não me separem dele, me deixem aqui!
- Mulher!
- Me deixem! Ele não morreu! Ele ta vivo, ele me ama, eu o amo – Ela o beijou – Deus nós consagrou, está vendo, é amor!
- Isso não pode ser amor...
- Seu guarda, me entenda, ele está vivo! Vivo! Não me levem daqui!
- Chamem algum hospício, rápido essa mulher está louca!
Rapidamente o hospício foi chamado, depois de muito tempo devido a trânsitos, um representante do hospício chegou, ela começou a gritar, a chorar, eles a pegaram, ela dizia:
- Não me separem do meu amor! Hugo eu voltarei para ti! Eu te amo! Eu te amo!
Ela foi amarrada, e colocada dentro da ambulância, chorando muito.
No dia seguinte, todos achando que era ela a louca, a julgaram puta, a chamaram de assassina, e defenderam, o tão bom Hugo, que nunca fez mal nenhum a Maria, ninguém nunca soube de sua traição, e Maria morreu, depois de 30 anos, ainda chorando por seu amor, no hospício, ela acreditava que ele estava vivo, e que nunca havia esfaqueado...
Amor e ódio, morte e vida, dores profundas, a paixão cegou Maria, e é capaz de cegar você, afinal de bem e mal todos temos um pouco, a escolha dela a levou a tragédia eminente, mas ela amava tanto que não suportaria o fato de ser trocada, ela foi tratada como puta por seu amor, e por todos, santa ela não era, ninguém é, mas ética, será que podemos dizer que ela tinha? Isso julga você, se achar capaz de julgar algo tão insano, quanto a vida de outro...
Fim
História de Vinicius Diniz Rosa© - Amor
puro
Nenhum comentário:
Postar um comentário