“Minha amada mãe,
Perdoe-me por ter partido para lutar junto de Hitler, perdoe-me por ter ido contra meus ideais, mas tive, como ainda tenho, medo... Medo, de ter sido tachado como traidor, e ter tido de qualquer modo a morte como prêmio, perdoe-me...
Eu estava impossibilitado, sabia das consequências de fugir, eles iriam me achar e me destruir, apesar de não aparentar riscos, então mãe, perdoe-me por ter partido a guerra sem lhe dá uma nora, um neto.
Eu estou muito arrependido, de ter levado pessoas há dolorosa morte, sei que não vou ao paraíso, por isto agora abandono minha fé, para não receber o inferno! E digo que o mundo me tachara de desumano, com toda a razão, amaldiçoaram meu nome, sem saber que lágrimas eu derramei para me manter vivo, para não ver a morte, mas como fui tolo, pois neste cenário de guerra, minha mãe, eu vi a morte com seu manto negro, rindo de minha cara e escutei suas palavras dizendo:
- Serviu contra seus princípios para se livrar de mim, mas pobre coitado, aqui estou, para lhe presentear com morte mais cruel e dolorosa, diga oi á bala do Canhão MK108!
Adeus minha mãe... E perdoe-me por favor!”
A carta acima não encontra assinatura, pois ela foi parcialmente queimada e infelizmente ninguém conseguiu entrega-la a família, mas ainda bem que o tempo a trouxe e assim pode ser publicada a reflexão.
Antes de generalizar as pessoas, aprenda o valor de olhar para si mesmo...
Texto de Vinicius Diniz Rosa
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