Procurar pode, achar é outra história...

terça-feira, 8 de março de 2011

Os cisnes do parque Ibirapuera

Os cisnes do parque Ibirapuera
- História de Vinicius Diniz Rosa© -








Quando andar pelos arredores do parque verão cisnes negros e brancos a bailar...

Capitulo 1: Uma lenda nasce

- Mamãe! O que é aquilo?! - Disse um garoto de cabelos dourados à sua mãe, eles eram viajantes do sul do país, este país é o Brasil, bem, está mãe junto de seu filho, estava fazendo um passeio no parque Ibirapuera, eles ficaram maravilhados com o que viram, com aqueles pássaros que vagueavam pelos campos e lagos do vasto terreno, verde, que dava até um certo alivio, pois nunca imaginariam ver...
- Filho, aquilo são cisnes negros e brancos.
- Mãe eles são lindos!
- Filho que dia é hoje?
- Dia 31 de outubro, por que?!
- Ficaremos aqui de noite...
- Mas mãe?!
- Você gostará do que verá, eu já vi quando era pequena, meus pais me trouxe aqui quando tinha a sua idade, e, eles me fizeram está saudosa experiencia!
- Mamãe que experiencia foi está?!
- Neste mesmo dia, bem, quero dizer mesma data, onde era uma pequena garota, meus pais trouxeram-me aqui e falaram que era necessário o que viria, pois só assim entenderia minha descendência...
- O que aconteceu?!
- Foi grande meu pequenino, foi grande!

Capitulo 2: A lenda

- Tinha treze anos naquele dia, bem, sua idade, parece até uma ritualística, meus pais fizeram a mesma loucura que farei com você, que é ficar neste parque ao anoitecer...
E assim começa...
- Papai, mamãe... - Dizia eu surpresa com o que via! Era o inicio do circulo dos mortos, a magia tocava o solo – Que lindas luzes são essas?!
- Observe os cisnes a bailar! - Disse meu pai sorrindo.
Eu então observei, observei e observei por três minutos, três exatos minutos e o que vi foi belo, dois cisnes se transformavam em seres humanos, seus corpos brilhavam, suas penas viravam roupas, o cisne branco virou uma bela mulher, onde suas penas viravam um belo vestido branco... O cisne negro, virou um homem, onde suas penas viravam um belo traje de grande elegância, era um fraque lindo, uma cartola deslumbrante, ele olhou para mim...
- O que houve? - disse o garoto interrogativo...
- Calma... Irei contar...
- Conte logo!
- Aquele homem, bem aquele homem, veio até mim, entregue pela bela mulher de nome desconhecido, aquela bela moça me disse: - Este é meu filho e quero lhe entregar a ti!
Eu fiquei deslumbrada, pois aquele homem aparentava ter seus 19 anos e eu tinha apenas 13, mas minha mãe me disse: - Filha conheci seu pai desta maneira, tinha a mesma idade que você e acho que você deve aceitar...
Aceitei, nosso casamento foi celebrado ali mesmo, até hoje não temos registros civil!
- Então meu pai é um cisne?
- Sim, meu filho...
- Não posso acreditar!
- Esperava está reação, mas é a pura verdade...
- Mas mãe...
- Não diga mais nada!
- Está bem, o que houve depois?
- Como sabe seu pai morreu quando tinha nascido, foi um baque para mim, pois perdi meu cisne, mas aprendi e superei a perda dele, pois você é ele...
- Mãe!
- Filho está noite, você será entregue aos cisnes... - Começa a chorar a senhora.
- Mãe!
- Devo devolver ao lago o ser que me deu e ainda me dá alegria, não criamos filhos para nós, criamos ao mundo... Você poderá voar, poderá bailar e me dará muitos netos de grandes asas, voando na alegre liberdade...
- Mamãe, não é necessário...
- Não precisa chorar...
A lua nasceu, o show de belas luzes começou, um casal de cisnes apareceu...

Capitulo 3: Os belos cisnes negro

Uma cisne branca, tornou-se mulher e disse:
- Garoto qual o seu nome?
- Áureo!
- Bem vindo de volta!
- O que significa isto?
- O motivo de nunca dizer o nome de seu pai quando perguntava! - disse a mãe.
- Não, mas eu não sou ele! - Gritou Áureo, saindo correndo pelo o parque e encontrando o inesperado...
- Olá cisne!
- Eu não sou um cisne!
- Como não?! Possui asas de cisne, penas de cisne, bico de cisne e a cor negra de um belo cisne negro!
- Não! Não!
- Garoto o que há de mal em ser um cisne, eu sou uma arvore e não reclamo, pelo menos pode voar livre por ai...
- Quem disse que eu quero liberdade?! Por que até isto decidem por nós! Quem criou está lei?!
- Não sei garoto, não sei...
- Senhor árvore, o que aconteceu para você ficar aqui?!
- Ora rapaz, fui plantado!
- Como?!
- Como, cavaram, jogaram a semente, regaram, cuidaram e pim nasci...
- Entendo e por que não sai?
- Por que é de minha natureza criar raízes e dá sua ser livre...
- Mas eu não sou um cisne, sou um humano de 13 anos...
- Mesmo assim ainda é ser livre! - Disse a arvore sorrindo ao garoto!
- Então o que devo fazer?!
- Perguntar para uma arvore que só conheci alguns metros, não seria uma boa escolha...
- Então Adeus! - disse Áureo indo embora.
- Aonde vai? - Gritou a arvore!
- Ao lago dos cisnes!
- Boa sorte...
Áureo correu e chegou naquele local que havia fugido olhou a mãe e disse:
- Se papai pode escolher o caminho dele eu escolherei o meu!
- Filho...
- Bela cisne branca, lhe ofereço três penas de meu corpo, para você construir três belos cisnes negros! Eles serão partes de mim, portanto ainda permanecerei aqui!
- E o que você ganharia com isto?!
- O direito de escolher o meu caminho, que é ficar com minha mãe...
- Se ainda assim for ficar aqui, dividido em três cisnes aceitarei o trato... - Disse aquela bela mulher com lagrimas nos olhos.
- Por que ficou triste?
- Porque também possuo uma escolha...
- Como?
A bela mulher transformou as três penas em cisnes negros e disse:
- Case-se comigo?
- Como?!
- Adoro sua coragem, se aceitar, deixarei estes cisnes, darei a ele mais 3 cisnes brancas, para bailar... E ficarei com você e sua mãe...
A mãe de Áureo se maravilhou! Áureo aceitou, a história dele foi criada neste presságio, a cerimonial de casamento ali mesmo ocorreu e foi da seguinte forma...

Capitulo 4: O casamento

Os cisnes bailaram, musicas da natureza se escutava, o belo vestido branco das penas da bela mulher serviram de vestido de noiva, Áureo voltando a ser humano teve suas penas como belo fraque e o casamento ocorreu, e foi selado pela própria natureza... Até hoje eles estão juntos, cisnes negros apareceram no Ibirapuera e bailam com os cisnes brancos... A mãe de Áureo ainda mora com ele e sua esposa, e vê sua história refletida naquela bela família, está é uma lenda sonhada e idealizada neste inscrito, se quiser acredite nela, ou não... O problema é seu, apenas penso que: - Deixe-se ser feliz da sua maneira, como o cisne Áureo, não se prenda em seu “destino”...

Fim

São estes cisnes a bailar
Que me fazem refletir
São estes cisnes a bailar
Que me fazem sorrir
Entre os dentes,
Sons de gargalhadas
São estes cisnes
Que me fazem pensar
Na história do mundo
São estes cisnes
Que me fazem sonhar
Com algum conto ou lenda
São apenas, sorrisos
Que para muitos não tem valor
É uma pena,
Que não consigo tocar...
... Todos estes, corações...

Os cisnes do parque Ibirapuera - História de Vinicius Diniz Rosa© -

2 comentários:

  1. Isso me comoveu da próxima vez que eu ir no parque ibirapuera irei ficar ate a noite se for
    dia 31 de outubro
    :o

    ResponderExcluir
  2. Fico feliz em saber que consegui de alguma forma deixar alguém comovido, obrigado por ter gostado, e se realmente fizer está loucura, espero que aprecie um bom espetáculo...
    Vinicius Diniz Rosa

    ResponderExcluir