Procurar pode, achar é outra história...
sábado, 31 de julho de 2010
O pardal
O pardal
Vinicius Diniz Rosa
Engaiolado nas tristezas
Encaminhado a sofrimento eterno
Sofredor pássaro belo
De cântico alegre
Que hoje só conhecia a dor
E a prisão que o entristecia
Quando via seu dono passar
Gruía para azará-lo
O pardal entristecido
Longe do sol velado
Pelas dádivas divinas
Só conhecia a gaiola
Quando cantava a agonia
Todos achavam que era alegria
A beleza murchava solene
E a dor do aprisionamento
O pardal que cantava
As tristezas via seus
Donos rindo livremente
A mais que injusto
O pardal iludido ressaltou
E ao meio-dia gruiu
Deixando a visita supersticioso-Amedrontada
A noite caia das perdições
A gaiola do caos abre
As portas em acidente
A criança atrapalhada
Livre o pardal vingativo
Cantou alegremente
As bicadas que dava
No peito de seus donos
O canto sai das entranhas
E os sangues de seus donos escorriam
O pardal livre em agradecimento
Poupa a criança que o liberta
A criança sem os pais
Sofre e paga pelo o erro dos pais
A perda o deixou em estado de choque
E nunca mais que ver um pardal
O pardal alegre assassino
Porem livre e cantante
Novamente capturado para alegria
Ou desespero dos novos donos desavisados
Lá se via o pardal vingativo
Preso novamente em uma gaiola
Na casa que não havia crianças
Para o liberta o sofrimento retornou
Os cantos do pardal
Novamente de agonia
Que sem liberdade
Morre e é jogado no rio...
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