História de Vinicius Diniz Rosa© - Perdoar e pedir perdão
Tudo se torna desculpável quando morremos, mas não por amor e sim por remorso...
00:00h, dia 13 de fevereiro de 2010...
Ainda sem sono, Rafael deitado na cama olhava para o teto de seu quarto de maneira medonha e insana, socava o ar e a parede próxima de sua cama, mas não conseguia gritar, e por qual razão Rafael estava tão amedrontado, para isso vamos voltar dois dias antes...
Dia 10 de fevereiro, 00:00h...
Rafael estava no computador e resolveu desliga-lo para ver TV, porem quando ia desliga-lo o computador insistia em ficar ligado, a tela mostrava cruzes de todas as formas e posições, apareceu no meu daquelas imagens um caixão com ele dentro... Rafael se apavora e tira o computador da tomada o desligando a força, porem isso era um sonho e ele acabava de acorda todo suado e tremulo de medo e começou a pensar:
“ Só tenho 10 anos, não quero morrer agora...”
No dia 11 de fevereiro as coisas se mostravam pior...
Mãe! Socorro! – Gritava Rafael.
A mãe foi acudi-lo, mas ele estava apenas sentado a frente da TV com o olhar fixo no chão, o que ele via era fogo, muito fogo, parecia que ele seria comido por aquele poço de fogo, mas era uma ilusão que os olhos da mãe dele não poderia ver, levando assim Rafael apanhar de sua mãe por ter assusta-la com o que ela pensa ser basbaquice.
Um ser encapuzado e vestindo um tipo de túnica, com um imenso rosário envolta do pescoço e carregando um grande livro que mais parecia uma Bíblia, ficava observando-o e rindo do medo daquele garoto.
Dia 12...
O ser aparece para Rafael, sentado em sua cama e lendo um trecho de seu grande livro em voz alta:
“Só escapa da morte aquele que tenta entende-la, ganhando assim mais um tempo, porem não a vida eterna, e nesse jogo previsto para Rafael Doroti as regras são: não ter medo de nada e esconder o seu ponto forte.”
Rafael vendo aquilo, logo gritou:
- Eu não quero participar de tais jogos...
O ser que é mais conhecido como Morte, diz em um tom gutural:
- A resposta não é querer ou não querer, ela é:
“ Eu aceito, pois não vivi o que tinha para viver”
Rafael retruca e diz:
- Não, não e não... Não quero participar deste jogo! Não posso esconder meu ponto forte...
A morte diz em tom gutural:
- HANHANHA, vocês humanos desistem fácil na primeira dificuldade que considerar impossível, vocês se limitam ao real sem ao menos saber o que é real, vocês se prendem em verdades criadas por si mesmo de algo bem diferente, mas tudo bem se prefere morrer a sua vela já está apagando, HANHANHA!
- Tudo bem eu aceito, mas porque eu?
A morte ri e diz:
- Pobre Rafinha, não entende que todos tem sua hora...
Dia 13...
Voltamos ao inicio e a nossa pequena barraca de confusão está armada, se prepare! O medo pode ser engraçado com os outros, mas com você não!
Lagrimas de dor, por socar a parede saiam dos olhos de Rafael, que estava certo de que não ia conseguir, começou a lembrar dos momentos alegres e triste de sua vida, e gritava:
- Desculpa! Desculpa! Desculpa...
Para o ar levar aos que magoou, perdão era o que mais pedia, sua mãe encostada na porta do quarto de Rafael, escutava seu filho sem poder fazer algo, ela em desespero começou a bater na porta com tanta força que suas mãos chegou a sagrar, mas Rafael do lado de dentro do quarto só respondia:
- Estou com medo!
A Morte quando escutou aquilo disse para ele:
- Humanos nunca entendem que a fraqueza que diz ter na verdade não existe, Rafael eu não caiu no truque do adversário, pois eu não sou humano e graças a isso não cometo os mesmos erros e mais uma coisa, você teve medo estava na regra que não podia sentir medo, então sinto muito... Você morrerá! Destranque a porta de seu quarto e abrace sua mãe por uma ultima vez e venha dormir para que não sinta as dores da perda dos sentidos e da mente...
Rafael levanta da cama abre a porta e vê sua mãe chorando de dor, com as mãos ensangüentadas, e a abraça pedindo perdão...
Ele volta a cama e dorme para nunca mais acordar.
A morte olha aquela cena e apaga a sua vela dizendo:
- Descanse em paz!
No dia seguinte...
Rafael vem tomar café... – Gritava sua mãe, porem nada era respondido, ela corre para o quarto, faz o de sempre que é puxar as cobertas dizendo um bom dia caloroso, mas Rafael não levanta, deixando sua mãe desesperada...
A mãe chama um médico e depois de algum tempo recebe a noticia que o seu garoto havia morrido, no enterro de Rafael só vai seus avós, alguns parentes e amigos e é claro a mãe que chora dizendo:
- Te perdôo e me desculpe!
Os motivos de perdoar e de pedir perdão, são coisas que nós leva a pensar:
“Porque só conseguimos santificar alguém depois que este alguém morre?”
Fim
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