Taxidermia - Um poema de amor eterno
Vinicius Diniz Rosa
Eu não posso negar as vezes penso em te matar
Empalhar e deixar sua estátua ao sol em minha sacada
Para poder admirar todos os dias a sua companhia silenciosa
Sem te enterrar, sem dizer adeus, apenas para mim ao sol estática
Admirando os pombos da cidade voando pelo céu azul
Rindo com você das tragédias ao portão
A eternidade assim, ao sol, em uma sacada
Admirando os pombos e cantando alguma canção
Que nós lembre os tenros momentos em que tentava fugir de mim
Correndo com aquele ar tão "alegre" que me excitava
Enquanto a chuva de bombas caiam
Enquanto a tempestade de tiros faziam sua sinfonia romântica
Que Cintilava em meus ouvidos sonhos eternos ao seu lado
Na sacada admirando os pombos da cidade voando
Enquanto seu belo corpo empalhado seguro de envelhecer
Seguro que não iria a lugar algum
Seguro que sempre estaria ali me esperando
Seguro que estaria sempre ao meu lado
Admirando os pombos a voar e rindo dos nossos próprios pecados
Brincando com as tragédias ao portão
Dançando no por do sol um tango de amor
Se lembrando dos bons e maus momentos
Se lembrando da vida que tínhamos insegura sem saber o amanhã
Saberíamos que não perderíamos um ao outro
Ficaríamos na sacada empalhados, eternizados
Alguns não chamariam isso de amor
Chamariam de possessividade
Mas meu amor, não acredite neles eu estou aqui
Pronto para te eternizar!
Não precisa gritar, eu irei junto de ti!
Não me chame de louco, apenas veja minha paixão
Eu também ficarei estático com você
Então sorria, já vivemos tanto
Já aprendemos que por mais que os problemas e a dor seja grande
O importante é ter um sorriso na cara
E ficar ao lado de quem te ama, e eu estou aqui!
Pronto para te eternizar, pronto para me eternizar
Em uma sacada ao sol ficar
Admirando os pombos a voar
E rindo das tragédias ao portão
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