G.K. Chesterton e os Contos de Fadas - Para falar do novo filme da Cinderela
Era uma vez, pois dessa vez é muito importante que se comece com era uma vez, ou, a muito, muito tempo atrás, em um reino encantado, teve um garoto que foi ao cinema assistir um filme, mas que contradição não, em tempos distantes cinema, filme, que tal ler um livro, ou escutar aquela vela história sobre uma bela dama maltratada por sua madrasta, sim, esse jovem, estava escutando (assistindo, lendo) Cinderela, um conto de fadas, uma boba história para os modernos que acreditam em toda a maldade do mundo, mas não creem que ela simplesmente tem solução e que a bondade existe.
Bom, assim, começa esse texto, que para falar do filme Cinderela, simplesmente decidi falar de um escritor fantástico, G. K. Chesterton e seu amor aos contos de fadas, Chesterton dizia que os contos de fadas eram, não algo para amedrontar as crianças ou podá-las, mas algo que de maneira bela, transcendental e universal, ensinava a todas as crianças como vencer os dragões, ensinava que elas podiam enfrentar o medo, a desonra, a maldade e que se elas não desistissem de seus sonhos e lutas elas alcançariam um final feliz, afinal para o próprio Chesterton, como diz seu aclamado personagem Padre Brown, até a terra encantada tem perigos.
E o filme Cinderela, vem resgatando essa beleza, e ensinando a criança e relembrando aos adultos que não é com "ditadura da alegria", onde todos tem que ser feliz a todo o tempo, (claro que isso é horrível, utópico, e acaba com qualquer alegria), mostrando que só momentos bons, não nos fazem valorizar os momentos bons, é preciso um pouco de dor, passar por certas coisas, como em um conto de fada, é preciso uma provação, uma dura perda, como em Cinderela, onde a perda da mãe e do pai, que lhe ensinava a importância de ser gentil, como a entrega dela a madrasta má, passando assim por diversas humilhações e torturas, mas sem perder o entusiasmo como Churchill dizia em sua frase "O sucesso é ir de fracasso em fracasso, sem perder o entusiasmo", Cinderela não perdia o entusiasmo, ela se encantava até com os ratos e da completa tragédia nasceu um belo vestido para o encantado baile e seu final feliz de fato valoroso.
Contos de fadas são isso, histórias simples, belas, que trazem valores, que ensinam a como vencer o Dragão do luto, da injustiça, do medo, que mostra que sim é importante nunca deixar de ter fé e sempre ir em frente e que depois de toda tempestade que parece devastadora, vem aquele sol caloroso, que faz brotar frutos para a vida plena, esse é o encanto dos contos de fadas, essa é sua importância, e não algo para proibir as crianças de irem pela floresta, ou, falar com estranhos, ou botar algum medo nelas, mas para que ela saiba que elas também carregam força para enfrentar o que tiver de ser enfrentado e que se for pela justiça, verdade, sinceridade e honestidade, a glória virá e será duradora então aconselho leem um conto de fada para seus filhos, leem um conto de fada para si mesmo e se encham dessa esperança cheia de desafios e provações. E se não sabem ler, peguem um filme como esse Cinderela, assistam e sorriam.
Texto de Vinicius Diniz Rosa
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