O mau nunca acabará, e o culpado?! Ha, que simplesmente belo, sou eu!
Vinicius Diniz Rosa
Grande G.K. Chesterton |
Eu sei que o mau nunca será erradicado
Não sou nem um utopista otário
Pois ao olhar a mim mesmo percebo de cara o obvio dos óbvios
E temos essa dificuldade de enxergar o óbvio
Que muitas vezes já é a resposta para várias questões
Então como ia dizendo
Eu sei que o mal nunca vai ser erradicado
Não tenho problemas em admitir tal coisa
Pois ao olhar a mim mesmo
Percebo sem demora alguma
Que tanto o bem quanto o mau
Pairam em minha alma
Me polindo, me descontrolando
Me deixando radical ou até mesmo não
Então eu sei que o mal nunca será erradicado
Pois eu mesmo não sou bom o bastante para me livrar de meus males
E como grande Chesterton disse uma vez
Eu tomo a frase a mim e digo também
"Sou homem e por conseguinte
tenho todos os anjos e demônios dentro de mim"
Mas veja bem
Não quero aqui facilitar vosso lado
Dizendo que o mau não será varrido do mundo
E que por isso feche os olhos
Ai que entra nossa responsabilidade
Ai que entra nossa resistência a morte
Pois como diria ele também, se não me engano
E se me engano permita-me o engano
Pois desse engano saíra um belo adorno
"Só coisas mortas não resistem a correnteza"
Então não me isento da minha responsabilidade
E sei que devo me policiar sempre
E sei que devo sempre me olhar com o mesmo olhar crítico
Que a esse mundo dou
Pois como também diria Chesterton
"O mundo não padecerá por causa da ausência de crítica,
Mas pela falta de auto-crítica"
E assim tentar vencer não só os males grandiosos do mundo
Mas também os perniciosos dos meus próprios pecados
Tentar vencer meus males triviais
E assim se tornar talvez um exemplo mais concreto
Ao em vez de um cobrador insano apenas
Que só sabe culpar o vento pelas próprias ações
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