Lendo Drácula de Bram Stoker
O livro Drácula do mestre Bram, é um livro querendo ou não conservador, que defende a fé cristão, conceitos de bem e mal, não é relativista e não arranja desculpas para falhas de carácter, pois entende que tudo é fruto de uma escolha, pois somos livres, e por sermos livres, por termos esse direito a escolha, e por ser uma escolha entre dois caminhos (pois estou falando de bem e mau), entende-se que isso gere consequências e que por ter sido de sua escolha a responsabilidade é toda sua, assim sendo você deve arcar com as consequências e ser responsável por seus atos!
Analisando Drácula com o discurso confuso de hoje, Drácula não seria um príncipe das trevas, mas sim uma pessoa que fora coagida a agir de tal maneira pela sociedade em que estava inserido, ele não haveria escolhido o que escolheu simplesmente por ter o caráter já torpe, mas por sofrer por alguma doença mental, ou por ser manipulado pela igreja, isso mata a obra! E faz Bram Stoker se revirar na cova, pois a obra não é isso, apesar de ser traçada por diversos pontos de vistas, todos se convergem e concordam com um único ponto, o do Doutor Abraham Van Helsing. A obra tem sua definição de bem e mal, carácter, religião, ética e moral, muito bem fomentada e clara, sem relativismos que nós levam do nada ao lugar nenhum.
Primeiro por que criar um vampiro? Um ser que não pode com a luz do sol, que não pode com alho, que não pode com água benta, cruz, só morre com uma estaca no peito é um cadáver "Vivo"? Por que esse tipo de ser?
Um vampiro representa desejo, coisas inacabadas e vingança, ele não pode com a dita luz do sol, pois ele perdeu a alma, perdeu a razão e como Drácula perde sua razão, quando ele escolhe, por Vingança, se tornar um vampiro, ao em vez de ter verdadeira Nobreza de espírito e perdoar. Porém ele não consegue compreender o que aconteceu a sua amada, culpa Deus e todos pela sua tragédia e prefere vender a alma, perdendo a razão, ao Diabo, assim ele não mais pode ficar sob o sol, pois ele não tem mais a razão.
O alho, a água benta e a cruz, representam a "magia", a metafísica, o mistério, o que vem se perdendo com o tempo, causando assim leituras torpes e reescritas dos vampiros completamente idiotas.
E o fato de ser um cadáver ambulante é o que como Bram segue um linha conservadora, o perder a alma, a razão, por vingança, é matar-se, é deixar de sentir a vida é morrer! É estagnar-se em uma coisa só em uma obsessão doentia é perder o sonho, para a loucura e para o caos.
Nesse caso o nosso príncipe das trevas é das trevas, pois ele é um cadáver, um morto-vivo, que representa o preço de escolher a vingança ao diálogo, ao perdão, a compreensão, mesmo que isso seja movido pelo amor ainda é um pecado mortal, que castiga, eliminando-lhe a vida, a razão, estando "vivo"! O condenando a dor eterna e a agonia, porém olhando com o olhar de hoje, Drácula se tornaria mais um injustiçado pelo sistema, patético (ainda bem que não foi escrito hoje!)... E o doutor Van Helsing seria colocado como o opressor que não entende as razões de Drácula, um burro que defende o ópio do povo (religião). Porém a obra é maior que isso e nós coloca Van Helsing, um cientista que não descarta o mistério, pois entende que dele nasce a dúvida e da dúvida nasce o seu trabalho, que é a pesquisa continua e interminável sobre a vida e os mistérios da terra.
Van Helsing um ser humano, que sim tem suas falhas, mas muito inteligente e sagaz, que morre por seus princípios, "Aceita" as ridicularizações e segue em frente, escolhendo punir o assassino o ser das trevas, esfregando na cara do leitor:
- O fim não justifica os meios! Crime é crime e deve ser punido!
Além de nós ensinar a importância da religião em uma sociedade, respeitando as tradições e culturas e agregando o conhecimento ao seu repertório, assim podendo sempre ser requisitado e respeitado por todos, pois é um homem de princípios, que morre e luta pela sua religião, fé e estudos, que não se vende por palavras amigas. E luta contra o mal, não arranjando as típicas e torpes justificativas que temos hoje, como:
- Não o puna, ele nasceu pobre, a culpa é da sociedade e blá, blá, blá.
Com a Mina, se vê uma mulher respeitadora e como Bran segue a linha conservadora na obra, Mina é anti feministas, pois não enxerga na igualdade dos sexos as soluções para os problemas e sim o caos e isso não é uma leitura minha é como o livro está escrito, pois ela é totalmente o oposto de Lucy, pois Lucy é uma mulher "livre", que tem vários homens, transa adoidado, traí, não respeita o noivo, em fim, o que hoje iriamos analisar como sendo uma mulher LIVRE, pois justificariam com "os homens fazem o mesmo", Mina seria hoje analisada como uma mulher burra, pressa a teia dos "Bons costumes" reprimida, mas como graças ao bom Deus, Drácula não foi escrito hoje em dia, Bram, em sua fantasia mostra as consequências de ser um adultera e ficar com vários, em não se respeitar e nem respeitar o seu companheiro, a infectando com uma doença, a doença "Vampiro", retirando lhe a alma, fazendo ela ser um cadáver que necessita do sangue para viver, e por que vampiros precisam do sangue?
Na época em que Drácula foi escrito acreditava-se que o sangue curava toda e qualquer doença, que o sangue era a força vital, a vida, por isso o sangue, pois ele dava a vida para os cadáveres sem alma.
Essa é minha pequena leitura, sobre Drácula, claro que poderia falar mais, por exemplo, do por quê o senhor Haker não se tornar um vampiro? Bom irei falar, pois ele não é uma pessoa "ruim", Haker é aquela pessoa que faz de tudo para defender sua família e faz de tudo pelo seu trabalho, para manter e honrar sua família, além de ser religioso e andar sempre com um crucifixo, o defendendo de todos os demônios e seres malignos, o blindando do mal. Toda essa simbologia vem da tradição cristão, quer gostem quer não, essa é a verdade sobre o livro Drácula, um Livro com a linha conservadora e confesso, o meu livro predileto! O mais belo que já li, pois não tem frescuras, não arranja desculpas, todos os personagens se assumem como são, e sofrem as consequências de suas escolhas, sem culpar ninguém por elas.
Texto De Vinicius Diniz Rosa
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