Clichê, quem se importa

Clichê, quem se importa
Vinicius Diniz Rosa


Um velho clichê, mas bem funcional
Primeiro libere a sexualidade dos tolos
Segundo divida a sociedade
Faça com que percam tempo com futilidades
Terceiro faça os tolos detestarem seus “Líderes”
Quarto nunca perca o assunto chave
Seja sempre um “Anjo” democrático
Quinto colabore com os roubos dos cofres públicos
Sexto, desvalorize a imagem da nação no mundo
Sétimo rasgue a ética, e moral
Oitavo proíba o armamento dos tolos
Nono acuse seu inimigo de seus crimes
Décimo faça os criminosos serem vítimas
Décimo primeiro faça os tolos se desesperarem por um herói
Depois venha triunfante do nada, do vago
Surja da inercia, leia belos discursos
Que a euforia aplaudirá
E de revolução em revolução
O ditador continuará sentado no trono
Faça parecer que é um anjo
Vindo dos céus, dotado de poderes conciliadores
E depois, pegue os bens desses tolos
Jogue no seu saco de boa vontade
E ria, ria, ria, ria, pois é tudo tão fácil
Desesperados por comida
Fazem tudo para não morrer
E assim gira a roda a roda da vida
Faça todos acreditarem que são maus
Por quererem um pouco de lucro
Com seu trabalho duro
Faça todos acreditarem que o outro é menos favorecido
Faça o todos apoiarem suas bolsas e mais bolsas
Assim a conta aumenta
E o estado para se manter fica mais poderoso
Aumentando os impostos
E você, o salvador, o novo herói ditador
Poderá tirar o seu, dizendo que salva um, dois ou mais
Desesperados por comida
Fazem tudo para não morrer
Cegados pelos problemas, clamaram por um herói
E quem será! Claro que será um fraco e oprimido
Tão esperto quanto um gênio
Todos nas mãos, e não importa se caga meu irmão
Comerão sua bosta e ainda mataram por ti
Pois, ai, ai, ai, ai ai, de quem falar do anjo democrático
O herói dos tolos, a força do novo
Com toda a tradição do velho, mais funcional clichê
Assim, bem vindo, ainda e para sempre, ao inferno