Terra de brilho
Vinicius Diniz Rosa
Vinicius Diniz Rosa
Eu sinto medo, eu me sinto acorrentado
Sinto impotente, sinto-me fraco
E totalmente sem a força da palavra
Tive um sonho, a um tempo
Um sonho tão lindo
Aonde podia, falar sem acusações
Um sonho onde era ouvido
Um sonho, onde as correntes não havia
Então tentei procurar, por aí
Uma terra de tais brilhos
Me iludi com sua bandeira de ordem
E fui recebido a pedradas
Como sou tratado em minha terra
No fim o sonho, não se realizou
No fim, os ditos bondosos
Os ditos defensores do direito
Os que falam de livre expressão
Como cagam por aí
Foram os que me acorrentaram
Os que me apedrejaram
Eu achando, que longe de minha terra
Ia em fim ter a chance
De poder lamentar
De poder falar, só o que pode sentir
Mas misturaram meu nome
Em conspirações difamadoras
Me disseram que era mentiroso
E me calaram com seus berros
Hoje volto a casa, as lágrimas
Pois não creio, que lutei tanto
Para chegar, em uma terra sem brilho
Eu não acredito mais, que pude me enganar
Como fui tolo, a confiança
A confiança que dei a eles
Meu desabafo sobre tiranias
Foi desmoralizado, minhas palavras
Ah, minhas palavras, que de tão verdadeiras que eram
Se tornaram por eles, os ditos defensores do “certo”
Mentiras da mais levianas
Minha dignidade foi ao espaço
Mas eu ainda sei do que vivi e passei
E que portanto, por Deus, ou, pelo Diabo
O meu sonho, de poder falar
Ainda vai se realizar
Pois as mascaras um dia vão cair
Pois festas não duram a eternidade
Mesmo que vá ao inferno
Deixarei minha mensagem
E terão de queimar minha história
Como os que criticaram tanto fizeram
E vai ser assim, que vossas humilhação
Será revidada, pois a verdade
Nunca se calara e sua força
Vai derrubar esses teatros
Essas encenações da mentira
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