Procurar pode, achar é outra história...

sábado, 29 de setembro de 2012

Censura, Ted e família – Reflexão e critica...



Assisti Ted na estréia, e alguns dias depois vem a noticia bomba, que um certo deputado, queria censura-lo, como se isso resolvesse os problemas do país, bem o que não posso chamar de estranho, infelizmente, pois aqui palhaços são mais levados a sério que professores...
Não iria fazer essa critica, apesar de ter gostado do filme, gosto desse humor “pesado”, “negro”, e “ácido”, como também gosto do outro tipo de humor, mas há ironia tem sempre um toque especial, é mais “mágico”... Bem, só estou fazendo essa postagem, por um motivo mesquinho, e outros nem tanto, sei lá, defina você, com sua "bondade" que são:
1 – Por se tratar de uma polêmica, vai atrair leitores novos, acho...
2 – Sim, achei absurdo essa tentativa de censura...
3 – O filme não é ruim...
Apesar do Deputado, que não citarei nomes nem partido, quem quiser saber pesquise mais, não citarei, pois o coitado já está tão ridicularizado, que nutro até um sentimento de pena, coisa rara para minha pessoa... Então, como ia dizendo, apesar de o senhor deputado, ter achado o filme amoral, o filme passa uma outra coisa, pelo menos para mim, que chega ser até moralista, se formos pensar, e o ponto para ter essa outra coisa, é a namorada de John Bennett, que não quer, pela história, mais um namorado com um ursinho, mal exemplo ao seu lado, e o filme vai por essa direção, construindo uma “moral” para John Bennett, que ao final, mantem a amizade com o ursinho, mas não mora mais com ele, e nem foge das responsabilidades para se divertir com o amigo urso...
O filme é muito mais que os palavrões, uso de drogas, sexo (não explicito) e festas, ele usa desses artifícios, para justamente retratar uma realidade que não deve ser escondida, pois se escondemos ou camuflamos um problema, é a velha história de por poeira debaixo do tapete, o tapete, vai criando pequenos relevos, que nós fazem cair, tropeçar e achar que está tudo bem, pois eu não vejo essa poeira, mas, como eu ia dizendo, o filme passa uma mensagem, que as pessoas ainda podem ser consertadas, apesar de seus imensos defeitos, elas podem se tornar responsáveis, pelo amor, coisa bem típica de um filme americano...
Apesar de sua faixada suja, que é proposital...
O filme é bem feito, tem coisas que poderiam ser melhores, claro, o que não tem, as piadas são bem colocadas, risada do começo ao fim, para quem gosta de rir um prato cheio.
Não precisava de tanta polêmica um filme tão simples, como esse, mas fazer o que, as vezes, somos preconceituosos de mais para saber ler uma obra de arte, seja ela qual for, pois nós prendemos há nossa realidade, e isso é normal, pois somos limitados, ao que os nossos olhos enxergam e ouvidos escutam, acreditamos que todos temos a mesma vida, a mesma educação, acreditamos que todos somos iguais, e por isso, nós tornamos pretensiosos, e julgadores, fazendo do meu bem, um bem obrigatório a todos, e assim sempre subestimamos a capacidade do outro de pensar, pois nosso maior exemplo de ser humano é nós mesmos, e assim, por que você pensa diferente de mim?
Por isso, os gostos, as interpretações, tudo, nunca será uma unanimidade, e por isso não devemos censurar, pois o ato de censurar, e me sobrepor as diversas realidades, me achando o dono da verdade, coisa que nenhum é, nem os melhores cientistas, que ciente disso, conseguem abrir um leque maior de descobertas e pesquisas...
O filme como toda obra, leva a diversas interpretações, por isso, alguns acreditam que as palavra, e a arte são magicas, pois elas possuem vários significados dependendo do contexto e da vida que, individualmente cada um leva!
E por isso, não há sentido a censura, ainda mais quando parti de um homem, que tem um estilo de vida, diferente de tantos outros, apesar de se dizer comunista, ele, você, eu, todos, não somos deuses, para dizer que só há uma única formula de felicidade...
A família, hoje, vem morrendo, o Estado, cada vez mais forte, pai, mãe, não podem, pelo o que me parece, não tem mais o controle, dos filhos, e ainda dizem ser a favor da família...
Eu tenho vergonha de viver em um país, onde a responsabilidade, não é minha pela coisa que vejo, que escolhi ver, pai, mãe, não podem mais ver um filme, mesmo que por engano, tenha coisas pesadas, e partir disso para ter um conversa ampla com o filho sobre a vida! Pois não são rosas, e mesmo se fossem, teria os espinhos!
Bem, mas eu não sou dono da verdade, cabe a você definir seu certo e errado, eu não o censuro, se não me censurar, sorriam, sejam felizes, mesmo que sua felicidade seja o masoquismo!
É um problema seu, não meu, afinal, quem paga suas contas é você! Então vão assistir Ted se quiserem, vão, só peço que tenham ciência de sua classificação indicativa, para que depois, não saia culpando Deus e o mundo, por sua falta de responsabilidade.

Texto de Vinicius Diniz Rosa

2 comentários:

  1. Oi, gostei do seu ponto de vista nessa postagem, muito bom, bem detalhado e mantendo sempre uma justificativa do porque de tal pensamento.
    Bom...para ser sincera não tenho vontade nenhuma de ver esse filme, não é por questão do conteúdo, mas por eu não curti muito esse tipo de história. Entretanto, nao posso deixar de dizer que realmente qualquer tipo de filme tem seu porque, ne. Significado e moral. Dependendo de ser assim ou com outros tipo de generos. Realmente nao concordo com essa censura sem sentido, pois se pararmos pra analisar os filmes brasileiros falam mais besteiras do que isso, as novelas tbm, se fosse pra ter esse tipo de atitude com esse filme deveria pelo menos olhar para o nosso pais, como esta sendo o seu rumo. Não é?

    Parabéns pela postagem. :D

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, sim, mas fazer o que, deve ter mais algum motivo, talvez desviar atenções, porem não quero, e não vou criar teorias da conspiração, mesmo porque, não gosto muito desse termo...
      Obrigado por ter gostado da postagem.

      Excluir