Meu anjo

Meu anjo
Vinicius Diniz Rosa

Meu anjo que não escutei
Meu anjo que ficou nos céus
Admirando com olhos tristes a queda
A queda do pecador,
A queda do retardado,
A terra do castigo!

Meu anjo que todos as noites
Convida-me novamente ao céu,
Porém, talvez, por medo
Recuso ir de encontro
As portas do paraíso

Porem medo do que?
Medo de dar a cara a tapas
Para o celestial ser
Para que temer?

Onde está agora anjo de minha guarda
Onde estais?
Quero me redimir, livrar você das correntes
Perdoe-me minha arrogância!

Terra de varias visões
Aprisionou meus monstros
E anjos protetores! Quero vê-los livre!
Besta do inferno acorde!
Lúcifer, Satã, Deus! Quero tirá-los das correntes!
Perdoe-me meu anjo!

Inferno terra mãe,
Do fogo e sofrimento
Fogo que queima minhas dádivas
Ilumina meus caminhos
Anjo me escute
Volte a ser caído e dei-me a mão as serpentes!

Meu doce anjo! De asas brancas,
livra-me da duvida e de perguntas idiotas,
Pois para isto já há a ciência humana retardada para resolver!

Oh anjo de asas negras, que caíste comigo!
Para que tanto ódio e inveja?
De um ser que te deu a mesma força e capacidade!
Perdoe-me meu anjo!

Vamos cantar... A doce gloria!
Não há escoria humana!
Nem a morte serve a eles!
Nem a terra os agüentam!
Humanos infames que só enxergam o que lhe convém!
O que é a verdade?
Nada! Nada além de ponto de vista alheio!

Mentir, verdade! Coisas infantis!
Sua idéia não é uma farsa, nem uma ilusão...
Pois ela existe, na discórdia e na união!
Duvidas? Então não pose de criativo

Meu anjo que me observas
Diga-me mais barbaridades
Talvez assim acorde para outro mundo
Dentro de meus sonhos quem sabe...