A Marileine errada e alegria da cidade cinza
Vinicius Diniz Rosa
Vinicius Diniz Rosa
Dias e noites na torre
Sem um vislumbre de luz
Nem janela para príncipes
Marileine sozinha estava
Trancada na torre
Sem um vislumbre de luz
Nem janela para príncipes
Marileine sozinha estava
Trancada na torre
Tudo que sabia
Era que quando passos ouvia
A comida vinha e escorregava
Pela humilde fresta da porta
E que logo em seguida
Água jazia
Pelos poros das paredes
Era que quando passos ouvia
A comida vinha e escorregava
Pela humilde fresta da porta
E que logo em seguida
Água jazia
Pelos poros das paredes
Marileine estava infeliz
Pois ela não nascerá ali
Ela conhecia o mundo aqui
E queria voltar a vê-lo
Mas seu sequestrador tão burro
Nunca perceberá que um erro cometerá
Que sua Marileine não era a rica
E que sua família nunca poderia
Pagar seu caro resgate
Ele achava que para eles estavam mentindo
E como não tinham acesso a torre
Marileine morreu e o sequestrador emputeceu-se
Pois ela não nascerá ali
Ela conhecia o mundo aqui
E queria voltar a vê-lo
Mas seu sequestrador tão burro
Nunca perceberá que um erro cometerá
Que sua Marileine não era a rica
E que sua família nunca poderia
Pagar seu caro resgate
Ele achava que para eles estavam mentindo
E como não tinham acesso a torre
Marileine morreu e o sequestrador emputeceu-se
Enlouquecendo sem esperança
O resgate nunca pago
Ao caminhar um dia na rua
Viu outra Marileine
A verdadeira rica Marileine
Ele tentou sequestrá-la
Mas como era burro
Esqueceu dos seguranças
E morreu assim também
Com dois tiros um em cada olho
O resgate nunca pago
Ao caminhar um dia na rua
Viu outra Marileine
A verdadeira rica Marileine
Ele tentou sequestrá-la
Mas como era burro
Esqueceu dos seguranças
E morreu assim também
Com dois tiros um em cada olho
O espírito frágil e doce
Da outra Marileine
A que na torre morreu sozinha
Riu-se ao ver o corpo de seu sequestrador
Caindo pelo solo e seu sangue que brotava dos olhos
A forma uma fina cachoeira vermelha
Sobre o cinza asfalto da selva de pedra
A cor da morte fez curiosos sorrirem
E de um salto sacaram seus celulares
Para a polícia chamar - não seja iludido
Para fotografar a tragédia
Que como um show de humor
Alegrará a manhã
Da cinzenta cidade
Que pela primeira vez
Conheceu uma outra cor
Da outra Marileine
A que na torre morreu sozinha
Riu-se ao ver o corpo de seu sequestrador
Caindo pelo solo e seu sangue que brotava dos olhos
A forma uma fina cachoeira vermelha
Sobre o cinza asfalto da selva de pedra
A cor da morte fez curiosos sorrirem
E de um salto sacaram seus celulares
Para a polícia chamar - não seja iludido
Para fotografar a tragédia
Que como um show de humor
Alegrará a manhã
Da cinzenta cidade
Que pela primeira vez
Conheceu uma outra cor
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