O
som seguido de outros ou The death song
Vinicius Diniz Rosa
Um som triste se escuta “PÁaaah”
Um som que faz quase todos se abaixarem
Com as mãos aos ouvidos e os olhos bem fechados
Assustados, acuados, sem saber se corre ou se esconde
Em seguida, quase que simultâneo um outro som se escuta
De um último suspiro, de uma última dor
Logo em seguida outro som se produz
É o quicar de um corpo estranho
Ao cair no chão de qualquer maneira
E logo em seguida da queda outro som se produz
O som que lembra o nascer de um rio
O cair de uma fina garoa
É o sangue manchando o chão
Que serviu de palco para a Morte
Um som triste se escuta “PÁaaah”
E o silêncio respeita cada momento
Ninguém ainda sabe quem partiu
Ninguém ainda sabe quem matou
Nenhuma risada histérica
Apenas o “Tap tap” do bater dos sapatos
De alguém deixando a cena
Parecia muito calmo...
O corpo duro no chão não significava mais nada
A porta do galpão abandonado produziu outra som
Um pouco estridente, foi fechada...
... Como se fecha uma cortina de alguma peça...
A noite cai sobre o balcão
E o sangue escorre pelo chão
shiiiii shiii shiii
Os assustados percebendo
Que certa calmaria estava brotando
Fingindo-se esquecer do som seco “PÁaaah”
Voltam ao seus afazeres rotineiros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário