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segunda-feira, 27 de junho de 2016

A bela adormecida

Eu sei que tem muita coisa da bela adormecida, mas deu vontade de escrever mais uma homenagem. E como deu vontade, para o bem ou para o mau ta escrito.

A bela adormecida 
Vinicius Diniz Rosa


Do nascimento já amaldiçoada 
Uma criança que era para ser amada 
Já teve seu nascimento comemorado 
Em cima da própria cova 
E por quê? E por que tal maldade com um mero bebê? 
Por rancores passados de geração em geração 
Em nome de uma reparação histórica 
Nome pomposo e acadêmico para vingança 
E vingança causada pelas mãos da injustiça 
Pois nada limpa, nada concerta só alimenta o rancor 
Mas a criança não tinha como saber 
Que seu nascimento já estava selado com sangue 
Uma maldição já estava carregada em seu nome 
E a morte era seu único presente

Dentro dos limites do castelo 
A Bruxa com suas razões, traída pelo rei 
Com o coração mergulhado em rancor e ódio 
Na cerimônia de batismo da pequenina 
Pela ausência de um prato dourado 
Ou por outros motivos mais elevados
O convite dela não foi entregue 
Então a cerimônia fora negra com a penetra 
Que com seu olhar possuído e sua sede cega 
Condenou a recém nascida que nada sabia 
Ao sono eterno, a solidão profunda
Pelos erros de seu pai, pelos erros de seu ancestrais 
Seu nome já carregava uma maldição que nada tinha a ver 
E por reparação fora amaldiçoada 
Sua cerimônia de nascimento foi comemorado na cova 
A bela princesa aurora fora condenada no berço 
A pagar pelos atos de seu pai e de seu "Povo"

Aos dezesseis anos sua idade para a prosperidade 
O sono eterno a abraçou e o reino entristeceu 
Junto da jovem Aurora tudo virou cova 
O passado não foi concertado 
O futuro virou cinzas 
O presente foi interrompido 
A vida parou para aquele reino 
E então a bruxa arrependida ao olhar a morte no castelo 
Ao ver os sonhos destroçados como destroçaram o dela 
Ao ver os sonhos de inocentes queimados por erros de outrem 
Decidiu então voltar atrás de sua conduta 
E desejosa de perdão escreveu uma retratação 
Entregou ao um cavalheiro e disse: 
- Salve a pequena princesa, tome o reino! E se poder perdoe-me! 
O cavalheiro viajante em busca de sua princesa 
Entendeu a oportunidade que parecia vinda do céu 
E com seu cavalo branco como um raio atravessou a floresta 
E encontrou o castelo negro tomado pela morte 
E lá tomou nos braços sua princesa que o final já sabem 
O castelo voltou a ter vida, e com o príncipe prudente
A bruxa foi perdoada e com prudência os dois governaram

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