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segunda-feira, 28 de março de 2016

Filmes de herói e o ressentimento do século XXI


Filmes de herói e o ressentimento do século XXI



    Uma das coisas que pode enfezar os críticos em relação a filmes de heróis é que eles conseguem algo que filmes de arte não consegue, eles conseguem além de público, serem profundos sem ter pretensão de ser... O ressentimento dos críticos é muito grande e esse ressentimento se estende aos artistas de "artiiii" inteligentinhos que reclamam dos famosos blackbutlers, que tiram o público deles, são tão pretensiosos e se acham tão grande coisa que não passa pela cabeça deles que o trabalho deles pode ser lixo, ruim.
Pegamos um filme como Deadpool, por exemplo, quebra a quarto parede, conversa com o público, te revela que é um filme a todo momento, nesse sentido totalmente brestiano, mas veja que sensacional, sem aquela coisa de ter que provar uma opressão imaginária, de enfiar uma moral destrutiva na cabeça do público, sem a pretensiosidade de salvar a humanidade e ainda brinca com o politicamente correto, essa coisa que vem destruindo as relações humanas.
Agora pegamos um filme como Batman vs Superman, que é simbólico, na primeira cena do filme sobre a morte dos pais do Bruce Wayne, com ele criança saindo correndo, tendo todo aquele trauma passando por ele, até destruí-lo, levando ele cair em um "abismo" escuro, onde ele tem de enfrentar seus próprios medos para alcançar a elevação, onde a dor, a escuridão, o medo, a solidão, o levou a honra, a luz e a coragem, o fortalecendo. Logo não sendo um filme que tem tempo para vitimar alguém sobre os males do mundo. E se pegarmos todo o ressentimento contra o superman, que apesar de não ser bem desenvolvido no filme, uma linha da filosofia de Ayn Rand perpassa ali, que é aquela coisa de "odiar o bom, simplesmente por ele ser bom". 

     Logo chega a ser risível, um mundo onde a beleza foi ao inferno, um mundo onde enfiar o dedo no cu é arte, em um mundo onde até a privada é arte, não conseguirem ver que o cinema americano é muito melhor que tudo isso e com um adendo, não tem um pingo de pretensão sobre como devemos viver ou não, seu escapismo inspira, dá animo de viver, e talvez seja por isso que é uma nação onde todos do mundo criticam, mas muitos querem ir para lá, pois quem sabe todas as críticas não passe de ressentimento, preguiça, ou apenas exercício retórico para se fingir de inteligente.


Vinicius Diniz Rosa

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