O novo dia
Vinicius Diniz Rosa
Vinicius Diniz Rosa
Seu olhar estava sem brilho
Sua face estava vermelha
Quase roxa de tanta raiva
E também remorso
Seus ouvidos ensurdecidos
Achou-se a voz da razão
Mas não tinha razão alguma
Mas sabia gritar e ameaçar
Sabia amedrontar
E afugentar
Qualquer um
Que tivesse a ousadia
Para-lhe dizer a simples verdade
- Você está errado...
Não queria diálogo
Queria gritar e apontar a arma
Gritar e apontar
Gritar e apontar
No fundo não sabia se tinha medo
De morrer pela bala de sua arma
Ou se apenas não queria morrer
Por querer muito realizar um velho sonho
Ou por não querer ver lágrimas no rosto
Daquela que me gerou
Não sei ao certo
Mas estava impotente
De mãos atadas
Diante de tanta fúria sem sentido
Minha mãe mandando eu ficar no quarto
E eu me lembrando das vezes
Que o senhor que chamo de pai
Me deixava pra beber, trair e coça
Preso dentro de um carro
A toda sorte na favela
A mesma impotência
A mesma fraqueza
O mesmo medo
Escutando música
E pensando amanhã é um novo dia
E será, como sempre foi...
Sua face estava vermelha
Quase roxa de tanta raiva
E também remorso
Seus ouvidos ensurdecidos
Achou-se a voz da razão
Mas não tinha razão alguma
Mas sabia gritar e ameaçar
Sabia amedrontar
E afugentar
Qualquer um
Que tivesse a ousadia
Para-lhe dizer a simples verdade
- Você está errado...
Não queria diálogo
Queria gritar e apontar a arma
Gritar e apontar
Gritar e apontar
No fundo não sabia se tinha medo
De morrer pela bala de sua arma
Ou se apenas não queria morrer
Por querer muito realizar um velho sonho
Ou por não querer ver lágrimas no rosto
Daquela que me gerou
Não sei ao certo
Mas estava impotente
De mãos atadas
Diante de tanta fúria sem sentido
Minha mãe mandando eu ficar no quarto
E eu me lembrando das vezes
Que o senhor que chamo de pai
Me deixava pra beber, trair e coça
Preso dentro de um carro
A toda sorte na favela
A mesma impotência
A mesma fraqueza
O mesmo medo
Escutando música
E pensando amanhã é um novo dia
E será, como sempre foi...
Nenhum comentário:
Postar um comentário