Jantar diabólico
Vinicius Diniz Rosa
Vinicius Diniz Rosa
Não há nada na mesa
Há não ser desolação
Tensão e desconfiança
Mortos que respiram sentados a mesa
Nenhuma palavra amiga ou inimiga
Uma estranha contemplação de nada
Nem um pio, nem um barulho
Apenas o perturbador silêncio
Apenas o vento fantasmagórico
Que sopra e faz os galhos baterem na janela
Com um som aterrador
Nem um dedo de acusação
Nem um abraço de amor
Silêncio, silêncio, silêncio
Medo, medo, medo
E nada a mesa a ser servido
Nem fartura
Nem ausência de fartura
A completa falta de esperança
A completa falta de desesperança
Sem dor, sem prazer
Mas o ar a passar pelos pulmões
E a contemplação diabólica
De um nada imperial
Que nada diz e nada permiti
Um grito
Passou como ilusão
E o branco da mesa
O branco das paredes
O branco dos quadros
Das interpretações
Era tudo que tinham
Sem nenhuma diferença
Bastava o ar
Mesmo que em frangalhos
Seus corpos se encontravam
Mesmo que até a morte
Seria um bom remédio e uma completa alegria
Nesse jantar de nada
Nesse jantar diabólico
Há não ser desolação
Tensão e desconfiança
Mortos que respiram sentados a mesa
Nenhuma palavra amiga ou inimiga
Uma estranha contemplação de nada
Nem um pio, nem um barulho
Apenas o perturbador silêncio
Apenas o vento fantasmagórico
Que sopra e faz os galhos baterem na janela
Com um som aterrador
Nem um dedo de acusação
Nem um abraço de amor
Silêncio, silêncio, silêncio
Medo, medo, medo
E nada a mesa a ser servido
Nem fartura
Nem ausência de fartura
A completa falta de esperança
A completa falta de desesperança
Sem dor, sem prazer
Mas o ar a passar pelos pulmões
E a contemplação diabólica
De um nada imperial
Que nada diz e nada permiti
Um grito
Passou como ilusão
E o branco da mesa
O branco das paredes
O branco dos quadros
Das interpretações
Era tudo que tinham
Sem nenhuma diferença
Bastava o ar
Mesmo que em frangalhos
Seus corpos se encontravam
Mesmo que até a morte
Seria um bom remédio e uma completa alegria
Nesse jantar de nada
Nesse jantar diabólico
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