Procurar pode, achar é outra história...

sábado, 20 de dezembro de 2014

Triste sala negra


Faz tempo que não escrevo nada com um pouco de horror, será que ainda tenho tato para isso, não sei... HAHAHA!

Triste sala negra
Vinicius Diniz Rosa

Sozinho em um quarto escuro 
Só com fantasmas de companhia
Sua memória lhe pregando peças 
E uma faca a brilhar na estante 
Querendo fugir de todos os problemas 
Fita aquela faca na estante 
E vê nela uma chave
Onde seu coração é a fechadura 
Para aquela perfeita arma 
Não pensa duas vezes e corre até ela 
Com lágrimas de encanto nos olhos 
Vendo todos os sonhos e pesadelos 
Ultrapassando de ponta a ponta sua mente 
Sorri e segura firme aquela chave 
Apontando para o peito e refletindo 
Se realmente deseja abrir a portas dessa falsa liberdade
Olha para o teto e não vê nada alem das sombras 
Então achando que não pode vencer a solidão 
Enganado pela pobreza de espírito 
Enfia a chave na fechadura 
E um grito agudo solta 
Que ecoa e quebra os espelhas da sala 
O sangue escorre como uma cachoeira 
E a sombra do quarto se converte em luz 
E lá se revela a morte com seu belo manto negro 
Sorrindo com ironia e levando o pobre suicida ao inferno
Viver dentro de outra sala negra 
Sem nenhuma salvação
Enquanto de repente as portas do quarto se abrem 
Os filhos e os amigos do suicida o encontra ali
Jogado sobre o próprio sangue 
Vítima da própria ilusão 
Lágrimas caem de cada um ali 
E a culpa, e a duvida surgi 
Aonde erraram, aonde ele errou? 
O que sentia o pobre suicidá? 
As crianças gritam por ele 
Mas nada ocorre, e a corrente do desespero se alastra 
Quando a porta do quarto escuro bate!

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