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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O pássaro e a tempestade


O pássaro e a tempestade
Vinicius Diniz Rosa


Era um passarinho de fogo
Tão belo, tão lindo, tão sublime
 Todos o confundiam com uma fênix
 Mas não o era, era só um passarinho
 Um simples passarinho de fogo
 Ele tinha o desejo, um desejo muito forte
 De querer voar na chuva
 Mas ele era um passarinho de fogo
 E todos de sua espécie diziam
 Que ele poderia morrer, se na chuva voasse
 Mas ele amava a chuva, mas ele amava a chuva
 Admirava cada gota que caía no solo
 Então, um dia, o passarinho de fogo
 Viu a tempestade, e mesmo tendo os avisos
 Seu coração pulsava mais e mais
 E sua alma pedia, por favor voe
 Ele levantou vôo, não aguentou mais exitar
 E no meio daquela tempestade, ele se aventurou
 E em fim, com todas as suas forças, cantou
 Cantou como nunca havia cantando
 Gritou sua felicidade, e chorou rindo
 Mas infelizmente, seu corpo de fogo, começou a sumir
 Ele não ligava, pois estava se misturando com aquela chuva
 Estava finalmente sendo ele, por mais que doía 
 O anjo da morte surgiu, o abraçou 
 E o passarinho de fogo desapareceu
 Só o vento agora sopra esse conto
 Só o vento, sabe que ele não fez grande coisa, mas fez muito
 Só o vento, presenciou seu último suspiro de dor e alegria
 Só o vento sabe, que aquele passarinho 
 Receberá muitas críticas, que sua escolha será mal interpretada 
 Mas, o fato, é que não importa mais, as consequências pereceram
 E ele morreu, sim morreu, mas abraçando seu sonho...

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