O pássaro e a tempestade
Vinicius Diniz Rosa
Era um passarinho de fogo
Tão belo, tão lindo, tão sublime
Todos o confundiam com uma fênix
Mas não o era, era só um passarinho
Um simples passarinho de fogo
Ele tinha o desejo, um desejo muito forte
De querer voar na chuva
Mas ele era um passarinho de fogo
E todos de sua espécie diziam
Que ele poderia morrer, se na chuva voasse
Mas ele amava a chuva, mas ele amava a chuva
Admirava cada gota que caía no solo
Então, um dia, o passarinho de fogo
Viu a tempestade, e mesmo tendo os avisos
Seu coração pulsava mais e mais
E sua alma pedia, por favor voe
Ele levantou vôo, não aguentou mais exitar
E no meio daquela tempestade, ele se aventurou
E em fim, com todas as suas forças, cantou
Cantou como nunca havia cantando
Gritou sua felicidade, e chorou rindo
Mas infelizmente, seu corpo de fogo, começou a sumir
Ele não ligava, pois estava se misturando com aquela chuva
Estava finalmente sendo ele, por mais que doía
O anjo da morte surgiu, o abraçou
E o passarinho de fogo desapareceu
Só o vento agora sopra esse conto
Só o vento, sabe que ele não fez grande coisa, mas fez muito
Só o vento, presenciou seu último suspiro de dor e alegria
Só o vento sabe, que aquele passarinho
Receberá muitas críticas, que sua escolha será mal interpretada
Mas, o fato, é que não importa mais, as consequências pereceram
E ele morreu, sim morreu, mas abraçando seu sonho...
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