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sábado, 18 de maio de 2013

Poema(?) infantil


Poema(?) infantil
Vinicius Diniz Rosa


Eu só quero uma casa assombrada
Para chamar de lar
Eu só quero uma funerária
Para ganhar o pão de cada dia
Eu só quero noites de halloween
Para festejar com os monstros
E suas verdadeiras faces
Eu só quero dias dos mortos
Para celebrar minha finitude
Eu só quero um cemitério em meu lar
Por dois motivos, um nobre e outro... Não!
Começo pelo bom, para o de praxe
Quero um cemitério, para respirar
Respirar o ar da decomposição
Daqueles que amo, amei, e que sempre quero bem
Para senti-los perto em sua faze mais verdadeira
Agora o motivo horrendo, porém devo afirmar
Minha alma está impregnada de bem e mal
E negar essa dualidade, seria ser mais um desonesto
E por isso digo, que aquele que nunca, nunca, nunca
Nunca  pensou, malícias, maldades, vinganças,
Que nunca odiou,  que nunca falou mal de algo ou alguém
Que arranque os olhos, os próprios olhos e coma!
Vamos lá, santo, coma seus olhos
Agora o motivo, talvez já saibam
Me parece obvio, bem, vou dizer
O segundo motivo de querer um cemitério em meu lar
É poder todos os dias, antes de chegar na entrada de meu lar
Pisar, pular e dançar em cima dos corpos de meus inimigos
Se quiser julgar esse pensamento, julgue
Afinal não devo tirar um dos maiores prazeres da humanidade
Porém só devo lembrar, oh meu santinh@
Coma seus olhos, se é puro o grande exemplo
Assim eu o aplaudirei de pé, na sacada de minha sonhada
Casa assombrada comemorando o Halloween
Junto de ti, com sua face monstruosamente verdadeira

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